06/23/2025
06:17:47 PM
O trânsito no Rio Grande do Sul está sob maior vigilância, mas, paradoxalmente, o número de infrações também cresce de forma alarmante. Dados recentes do Departamento Estadual de Trânsito (DetranRS) indicam um salto de 71,3% no total de multas aplicadas entre janeiro e abril nos últimos cinco anos.
Em 2021, foram registradas 976.075 autuações no período; em 2025, esse número alcançou 1.672.017, revelando tanto a evolução tecnológica na fiscalização quanto uma preocupante persistência de condutas de risco nas vias.
O cenário chama atenção não apenas pela quantidade, mas pelo perfil das infrações. O excesso de velocidade (especialmente na faixa de até 20% acima do permitido) mantém a liderança. Contudo, a evasão de pedágio em rodovias que operam com o sistema de livre passagem, o chamado free flow, desponta como a segunda infração de maior crescimento.
Se em 2023 as infrações por evasão de pedágio somavam pouco mais de 2,8 mil em todo o Estado, em 2024 esse número explodiu para 468 mil. Em 2025, apenas entre janeiro e abril, já são 206.953 autuações por esse motivo — um montante que supera em mais de 70 vezes o total registrado há apenas dois anos.
A Secretaria Extraordinária da Reconstrução Gaúcha, responsável pela interlocução com as concessões, afirma estar atuando para mitigar o problema. Uma das ações foi o aumento do prazo para pagamento das tarifas nos pórticos, que passou de 15 para 30 dias em outubro de 2024. A pasta informa que mais de 96% dos motoristas que circulam pelos pórticos pagam corretamente a tarifa.
Segundo o DetranRS, as autuações mais frequentes entre janeiro e abril deste ano no Rio Grande do Sul são:
Apesar de o número de infrações por excesso de velocidade ter registrado uma queda de aproximadamente 4% entre os primeiros quatro meses de 2024 e 2025, o número de acidentes de trânsito subiu 12% no mesmo período.
Só nas rodovias estaduais, entre janeiro e abril de 2025, foram flagrados 22.314 motoristas e 10.687 passageiros dirigindo sem cinto de segurança. A falta do cinto, segundo as autoridades, continua sendo um dos principais fatores de agravamento de lesões em acidentes.
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